Dentre as causas para as varizes pélvicas, temos o fenômeno do quebra-nozes, que é a compressão da veia renal esquerda entre a artéria mesentérica superior e a aorta abdominal. Esta compressão dificulta a drenagem da veia gonadal esquerda (veia importante na drenagem do sangue da região pélvica) com consequente aumento de pressão e dilatação a montante, causando as varizes pélvicas.
A simples compressão da veia pelas artérias é denominada fenômeno do quebra-nozes. A síndrome do quebra-nozes caracteriza-se não só pela alteração anatômica, como também pela presença de sinais e sintomas associados. É muito importante esta separação, já que a identificação do fenômeno do quebra-nozes não é motivo para indicar qualquer tipo de tratamento.
Além dos sintomas presentes na síndrome da congestão pélvica, explicados no post anterior, a síndrome do quebra-nozes apresenta mais 2 sintomas específicos dela: hematúria (sangue na urina) e dor lombar à esquerda.
O diagnóstico é feito através de exames de imagem, que pode ser um Doppler das veias renais e veia cava ou uma angiotomografia.
O tratamento depende da presença, da gravidade e da persistência dos sintomas. O ideal é sempre tentar tratar da forma mais conservadora possível, mas nunca de forma negligente. Se os sintomas forem ausentes ou leves, devemos acompanhar com exames de sangue e urina para avaliar a função do rim, bem como a perda de sangue e proteína.
Se os sintomas forem mais intensos, estiverem comprometendo a qualidade de vida ou a função do rim, aí sim, devemos intervir. De forma minimamente invasiva, embolizamos as varizes pélvicas com algum material que vai fechar essas veias, como as micro-molas, que podem ser ou não associadas ao uso de espuma (sim, a mesma utilizada para as varizes das pernas!).