Trombose venosa: como é o tratamento

trombose venosa tratamento

O tratamento da trombose venosa depende do tipo (se é superficial ou profunda), da extensão (quais veias acomete), dos sintomas que causa e do paciente (sua idade, doenças associadas, fator causal). Para a maior parte dos pacientes, o tratamento tem 3 pilares: anticoagulação, meia de compressão e alívio dos sintomas.

Anticoagulantes são remédios conhecidos por “afinar o sangue”. Podem ser feitos na veia, como é o caso da heparina, no subcutâneo (gordura do braço, da barriga ou da coxa), como é o caso da enoxaparina (clexane®, versa®, etc.), ou por via oral, como comprimidos.

O remédio mais tradicional é a varfarina. Não pode ser tomada por conta própria, pois a sua dose depende de um controle rigoroso com base em exames e deve ser calculada por um médico. Mas, mesmo os remédios mais modernos, devem ser prescritos por um médico. Vale lembrar que o efeito colateral mais grave é o sangramento, que, dependendo do volume e do local, pode levar até a morte.

O uso da meia de compressão desde o início do tratamento pode prevenir a síndrome pós trombótica, uma complicação crônica, que impacta tanto na qualidade de vida dos pacientes que tiveram um diagnóstico de trombose. As meias de compressão podem ser usadas para aliviar o inchaço e melhorar o retorno do sangue pelas veias.

Além disso, o terceiro pilar envolve controle dos sintomas. Essa parte, assim como as outras, deve ser completamente individualizada. Há pacientes que precisam de remédios para dor ou para inchaço, outros precisam de repouso, outros precisam de exercício. Não há receita de bolo. Há somente esforço e paciência por parte do médico e do paciente para o sucesso do tratamento.

Quando há trombose extensa, que envolve as veias ilíacas ou até mesmo a veia cava (veias com trajeto no abdome que recebem as veias das pernas), algumas vezes, a cirurgia pode ser indicada para amenizar os sintomas e para reduzir o risco de desenvolver a síndrome pós trombótica. Esta ocorre em 25 a 75% dos casos e está diretamente relacionada à reação inflamatória persistente que a presença do trombo causa às válvulas das veias.

Pode ser feita de 3 formas:

  1. Uma cirurgia convencional, em que se faz um pequeno corte na virilha para acessar a veia e retirar os trombos das veias da perna e do abdome com o auxílio de um cateter.
  2. Um procedimento minimamente invasivo em que infundimos um medicamento para dissolver o trombo diretamente nas veias através de um cateter.
  3. Um procedimento minimamente invasivo em que, além de injetar esse medicamento que dissolve o trombo, também aspiramos o trombo através de um cateter especial.

 

Todos esses procedimentos devem ser realizados por profissional habilitado, em hospital com suporte de terapia intensiva e para pacientes específicos, pois há complicações que devem ser ponderadas de acordo com os riscos da doença, riscos do procedimento e riscos do paciente.

O importante mesmo é conversar direitinho com o seu médico e descobrir não somente qual é o melhor tratamento para a doença, e sim, qual é o melhor tratamento para VOCÊ!

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O remédio mais tradicional é a varfarina. Não pode ser tomada por conta própria, pois a sua dose depende de um controle rigoroso com base em exames e deve ser calculada por um médico. Mas, mesmo os remédios mais modernos, devem ser prescritos por um médico. Vale lembrar que o efeito colateral mais grave é o sangramento, que, dependendo do volume e do local, pode levar até a morte.

O uso da meia de compressão desde o início do tratamento pode prevenir a síndrome pós trombótica, uma complicação crônica, que impacta tanto na qualidade de vida dos pacientes que tiveram um diagnóstico de trombose. As meias de compressão podem ser usadas para aliviar o inchaço e melhorar o retorno do sangue pelas veias.

Além disso, o terceiro pilar envolve controle dos sintomas. Essa parte, assim como as outras, deve ser completamente individualizada. Há pacientes que precisam de remédios para dor ou para inchaço, outros precisam de repouso, outros precisam de exercício. Não há receita de bolo. Há somente esforço e paciência por parte do médico e do paciente para o sucesso do tratamento.

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Pode ser feita de 3 formas:

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  2. Um procedimento minimamente invasivo em que infundimos um medicamento para dissolver o trombo diretamente nas veias através de um cateter.
  3. Um procedimento minimamente invasivo em que, além de injetar esse medicamento que dissolve o trombo, também aspiramos o trombo através de um cateter especial.

 

Todos esses procedimentos devem ser realizados por profissional habilitado, em hospital com suporte de terapia intensiva e para pacientes específicos, pois há complicações que devem ser ponderadas de acordo com os riscos da doença, riscos do procedimento e riscos do paciente.

O importante mesmo é conversar direitinho com o seu médico e descobrir não somente qual é o melhor tratamento para a doença, e sim, qual é o melhor tratamento para VOCÊ!

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