A prevenção secundária tem o objetivo de prevenir o “evento AVC” em pacientes que já tem uma placa na carótida, causando um estreitamento ou mesmo o entupimento completo dessa artéria. Já vimos antes que a carótida é a artéria que passa pelo pescoço e leva o sangue do coração para o cérebro.
São 4 princípios para fazer a prevenção secundária. Iremos direto ao ponto, falando de cada um deles:
- Os 8 essenciais: Aqui não é diferente da prevenção primária. Todos aqueles 8 cuidados que temos que ter para prevenir a formação da placa de aterosclerose, devemos manter mesmo depois que a placa se forma. Com o ajuste no estilo de vida e controle dos fatores de risco, mesmo que a gente não consiga fazer a placa regredir, podemos aumentar a chance dela estabilizar e não soltar nenhum pedacinho capaz de fechar as artérias do cérebro.
- Uso de medicamentos: Após uma avaliação individualizada, sempre com base nos sintomas, exame físico e exames complementares, usamos alguns medicamentos para reduzir os fatores de risco para o AVC. Em muitos casos utiliza-se o AAS, em alguns utiliza-se uma estatina (por exemplo, a sinvastatina, atorvastatina e a rosuvastatina) e outros necessitam de algum anticoagulante.
- Investigação e controle das possíveis causas: Aqui é onde entra a realização de exames complementares, com o objetivo de identificar possíveis causas para o AVC. Além da placa na carótida, devemos sempre investigar a presença de placas em outras artérias, como a aorta ou as artérias intra-cranianas. Fazer exames do coração para investigar arritmias, doenças das válvulas ou mesmo a presença de trombos dentro do coração. Há também algumas doenças congênitas do coração que podem aumentar o risco de AVC e que são passíveis de correção, mesmo que identificadas somente na idade adulta.
Reavaliação cardiovascular periódica: Após fazer adaptações no estilo de vida, controlar fatores de risco e doenças associadas, investigar todas as possíveis causas e fazer uso da melhor terapia medicamentosa possível, é importantíssimo manter o acompanhamento com o médico de confiança. Alguns exames, tanto de sangue, quanto de imagem, devem ser repetidos regularmente para avaliar a resposta ao tratamento e a possível necessidade de intervenção cirúrgica.